quarta-feira, 30 de junho de 2010


Pessoas... Como eu ando desiludida com elas...

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Viver é subir uma escada rolante pelo lado que desce. Ouvindo esta frase, imaginei qualquer pessoa nessa acrobacia que as crianças fazem ou tentam fazer: escalar aqueles degraus que nos puxam para baixo. Perigo, loucura, inocência, ou uma boa metáfora do que fazemos diariamente? Poucas vezes me deram um símbolo tão adequado para a vida, sobretudo naqueles períodos difíceis em que até pensar em sair da cama dá vontade de desistir. Tudo o que quereríamos era taparmos a cabeça e dormirmos, sem pensarmos em nada fingindo que não estamos nem aí… A voz do poço e da morte, nos convoca a cada minuto para que enfim, nos entreguemos e acomodemos. Só que acomodar-se é abrir a porta a tudo aquilo que nos faz cúmplices do negativo. Descansaremos sim, mas tornando-nos filhos do tédio, personagens do teatro daqueles que constantemente desperdiçam os seus próprios talentos e dificultam a vida dos outros. E o desperdício da nossa vida, talentos e oportunidades é o único débito que no final não se poderá saldar: estaremos no arquivo-morto. Não que não tenhamos vontade ou motivos para desistir: corrupção, violência, drogas, doença, problemas no emprego, dramas na família, buracos na alma, solidão no casamento a que também nos acomodamos… tudo isso nos sufoca. Sobretudo, se pertencermos ao grupo cujo lema é: Pensar, nem pensar… e a vida que se lixe. A escada rolante nos chama para o fundo: não dou mais um passo, não luto, não me sacrifico mais. Para quê mudar, se a maior parte das pessoas nem pensa nisso e vive da mesma maneira, e da mesma maneira vai morrer? Não vive (nem morrerá) da mesma maneira. Porque só nessa batalha consigo mesmo, percebendo engodos e superando barreiras, podemos também saborear a vida. Que até nos surpreende quando não se esperava, oferecendo-nos novos caminhos e novos desafios. Mesmo que pareça quase uma condenação, a idéia de que viver é subir uma escada rolante pelo lado que desce é que nos permite sentir que afinal não somos assim tão insignificantes e tão incapazes. Então, vamos à escada rolante: aqui e ali até conseguimos saltar degraus de dois em dois, como quando éramos crianças e muito mais livres, mais ousados e mais interessantes. E porque não? Na pior das hipóteses, caímos, magoamo-nos por dentro e por fora, e podemos ainda uma vez… recomeçar.

Falta...

Onde está vc que foi escolhido para estar ao meu lado e dividir comigo os seus sonhos, os seus anseios, os seus beijos, suas saudades e todos os seus problemas?
Onde está vc que caminha sem rumo procurando a sua metade em lugares errados, de modos errados e que não me vê? Não existe no mundo para cada pé o seu sapato? Estou aqui esperando por vc pra ser o sexto dedo da sua mão, o seu segundo cérebro, o seu coração reserva, a sua força oculta.
Estou te esperando, mas não demore muito... Não quero errar em minhas escolhas até o encontrar... Não quero me expor ao ridículo e nem expor ninguém á ilusão de que pode ser...
Sinto falta do que não sei quem é...

Lu Salles